Josué, o Líder e Estrategista que assumiu o entrar e o apossar-se (Parte VI)
Capítulo 6 - VEM COM JOSUÉ LUTAR EM JERICÓ
Josué
6 NVI
A conquista de Jericó
1
- JERICÓ ESTAVA COMPLETAMENTE FECHADA
por causa dos israelitas. Ninguém saía nem entrava.
2
- Então o Senhor disse a Josué: “SAIBA QUE ENTREGUEI NAS SUAS MÃOS
JERICÓ, SEU REI E SEUS HOMENS DE GUERRA.
3
- MARCHE UMA VEZ AO REDOR DA CIDADE, COM TODOS OS HOMENS ARMADOS. FAÇA
ISSO DURANTE SEIS DIAS.
4
- SETE SACERDOTES LEVARÃO CADA UM UMA TROMBETA DE CHIFRE DE CARNEIRO À
FRENTE DA ARCA.
NO SÉTIMO DIA, MARCHEM TODOS SETE VEZES AO REDOR DA CIDADE, E OS SACERDOTES TOQUEM AS TROMBETAS.
NO SÉTIMO DIA, MARCHEM TODOS SETE VEZES AO REDOR DA CIDADE, E OS SACERDOTES TOQUEM AS TROMBETAS.
5
- QUANDO AS TROMBETAS SOAREM UM LONGO TOQUE, TODO O POVO DARÁ UM FORTE
GRITO; O MURO DA CIDADE CAIRÁ E O POVO ATACARÁ, CADA UM DO LUGAR ONDE ESTIVER”.
Então
o homem contou a Josué o mais notável plano de batalha que já havia sido
arranjado. Ele deveria fazer as pessoas simplesmente marcharem pela cidade uma
vez por dia durante seis dias e no sétimo dia, sete vezes; e então soprar uma
longa batida nas trombetas e as paredes cairiam. Isso era tudo o que havia para
fazer.
Como
havia três preparativos que precisavam ser feitos antes de se engajar na
batalha, portanto, NESTA SEÇÃO, EXISTEM TRÊS GRANDES OBSTÁCULOS A SEREM SUPERADOS ANTES
QUE A TERRA SEJA CONQUISTADA.
Estes
RETRATAM PARA NÓS OS TRÊS TIPOS DE PROBLEMAS QUE NOS CONFRONTAM ENQUANTO
CAMINHAMOS NA VIDA CRISTÃ.
O PRIMEIRO É JERICÓ - COM MUROS COM CERCA DE 90 METROS DE
ALTURA E 60 METROS DE ALTURA - UMA IMENSA FORTALEZA E UM DESAFIO EXTERNO, UM
OBSTÁCULO APARENTEMENTE INTRANSPONÍVEL. REPRESENTA PARA NÓS ESSES PROBLEMAS,
QUE OCORREM COM MAIS FREQUÊNCIA NO INÍCIO DE NOSSA EXPERIÊNCIA DE ANDAR NO
ESPÍRITO, quando somos confrontados por algo
que nos confunde e zomba há anos. Talvez seja um hábito que temos há muito
tempo e nunca conseguimos superar. Talvez seja uma circunstância em que vivemos
que seja uma ameaça constante à nossa vida espiritual e nada que façamos pareça
mudar isso.
Há
uma coisa incrível sobre esse tipo de problema. Quando seguimos a estratégia
descrita aqui - simplesmente ande em volta dela, exibindo a arca de Deus (a
presença de Deus) enquanto grita e toca as trombetas como uma demonstração de
triunfo – as paredes caem. Quando há uma completa mudança de atitude em relação
a um problema dessa natureza, o problema desaparece. NÃO É O OBSTÁCULO VISÍVEL QUE É
O PROBLEMA, MAS A NOSSA ATITUDE EM RELAÇÃO A ELE; ASSIM QUE A ATITUDE MUDA, O
PROBLEMA SE APEQUENA.
MAS DEUS FEZ ISRAEL MARCHAR POR SETE DIAS. POR QUE TANTO TEMPO?
BEM, ELES LEVARAM TANTO TEMPO PARA MUDAR DE ATITUDE EM RELAÇÃO A JERICÓ. DURANTE TODO ESSE
TEMPO ELES PENSARAM: "QUE LUGAR ENORME. COMO É QUE VAMOS CHEGAR A ESSE
LUGAR? QUE FORTALEZA ABSOLUTAMENTE INTRANSPONÍVEL".
DIA APÓS DIA, ENQUANTO ANDAVAM POR ESSA CIDADE,
ELES TIVERAM TEMPO PARA PENSAR EM DEUS NO MEIO DELES, NO PODER QUE ELE EXIBIA E
NO QUE ELE PODIA FAZER. GRADUALMENTE, A ATITUDE DELES MUDOU, E NO SÉTIMO DIA ELES GRITARAM EM
TRIUNFO E OS MUROS CAÍRAM. NÃO HAVIA NADA QUE LHES OFERECESSE OPOSIÇÃO
QUANDO ELES OBEDECIAM.
O
episódio da conquista da cidade de Jericó funciona, na Bíblia, de diversas
maneiras. Primeiramente, é um memorial ao poder de Deus, porque aquela era uma
vitória impossível aos olhos humanos. Contudo, Deus deu a vitória a seu povo.
Além disso, essa história é sempre usada no restante da Bíblia como uma
demonstração de que, se Deus deu ao povo a cidade de Jericó, que era a mais
difícil de ser conquistada, ele também lhes daria as demais cidades, e assim
cumpriria todas as suas promessas. Josué 6 funciona, então, como uma espécie de
demonstração a Israel de que ele haveria de cumprir todas as suas promessas.
Essa
conquista é usada também para ilustrar o que é fé, especialmente no Novo
Testamento. Em Hebreus 11.30, está dito: “Pela fé, os muros de Jericó caíram”,
como exemplo do que significa a fé salvadora (assim como a fé da prostituta
Raabe, que é mencionada no mesmo capítulo).
Jericó
decide que Israel não será seu senhor (v. 1). Ela cerrou-se e estava cerrada,
por causa dos filhos de Israel. Ela cerrou-se, sendo fortemente fortificada
tanto pela astúcia como pela natureza, e ela estava cerrada pela obstinação e
determinação dos seus habitantes, que decidiram jamais render-se nem negociar.
Ninguém resolveu desertar de Jericó ou tratar de paz, e ninguém dos israelitas
foi convidado para oferecer a paz. Assim, o coração deles estava endurecido
para sua própria destruição. Essa é a infeliz situação de todo aquele que
estende a sua mão contra Deus e contra o Todo-poderoso (Jó 15.25).
Deus
decide que Israel deverei ser senhor de Jericó, e isso rapidamente. O príncipe
do exército do Senhor, aqui chamado de Jeová, reconhecendo quão solidamente
Jericó estava fortificada e guardada, e conhecendo os pensamentos e cuidados de
Josué em destruí-la, e talvez em virtude de seus medos de que ocorresse uma
desgraça e ele caísse no limiar, deu-lhe toda a garantia que ele poderia
desejar para obter sucesso (v. 2): Olha, tenho dado na tua mão a -Jerico. Ele não
disse: “E u farei, mas: Tenho feito; é tudo seu, tão certo como se já fosse sua
possessão”.
Foi previsto que essa cidade,
sendo os primeiros frutos de Canaã, deveria ser completamente consagrada a
Deus, e que nem Josué nem Israel deveriam tornar-se mais ricos por causa dela.
Lemos que essa cidade será dada nas mãos de Josué. TAMBÉM PRECISAMOS RECONHECER QUE MUITAS COISAS QUE
NOS SÃO DADAS, SÃO OPORTUNIDADES PARA HONRAR A DEUS E DEVERÍAMOS TER O MAIOR
INTERESSE EM EMPREGÁ-LAS NO SEU SERVIÇO. UM BOM EXEMPLO DISSO SÃO AS CAPACIDADES, DONS E TALENTOS
COM QUE FOMOS AGRACIADOS.
1.
O PRÍNCIPE DO EXÉRCITO DO SENHOR DÁ ORIENTAÇÕES DE COMO A CIDADE DEVE
SER CERCADA. Não há necessidade de abrir
trincheiras, nem armar aríetes alinhados, nem fazer quaisquer preparativos
militares. Mas a arca de Deus deve ser carregada pelos sacerdotes ao redor da cidade
uma vez por dia por seis dias e sete vezes no sétimo, assistidos por homens de
guerra em silêncio. Os sacerdotes devem, de tempos em tempos, tocar as cornetas
feitas de chifres de carneiros (w. 3,4). Isso era tudo que deveriam fazer.
2.
ELE LHES GARANTE QUE NO SÉTIMO DIA, ANTES DO ANOITECER, ELES SERÃO SEM
FALTA SENHORES DA CIDADE. Após um sinal, eles
todos deveriam gritar e imediatamente o muro cama, o que não só exporia os
habitantes, mas os desanimaria de tal forma que não seriam capazes de oferecer
resistência alguma (v. 5). DEUS ESTABELECEU ESSE CAMINHO:
(1)
PARA EXALTAR SEU PRÓPRIO PODER, PARA QUE FOSSE EXALTADO NA SUA FORÇA (SI 21:13 NVI - Sê exaltado, Senhor, na tua força! Cantaremos
e louvaremos o teu poder), não na força dos instrumentos. Deus, com isso, mostraria
seu braço forte para o encorajamento de Israel e o pavor e confusão dos cananeus.
(2)
PARA HONRAR SUA ARCA, O SÍMBOLO INSTITUÍDO DA SUA PRESENÇA, E PARA DAR
RAZÃO ÀS LEIS SEGUNDO AS QUAIS AS PESSOAS ERAM OBRIGADAS A OBSERVÁ-LA COM
PROFUNDO RESPEITO E VENERAÇÃO. Quando, muito
mais tarde, a arca foi trazida para o acampamento sem a ordem de Deus, isso se
tornou uma profanação e o povo pagou caro por essa presunção (1 Sm 4.8ss.). Mas
nesse caso, em que isso ocorreu debaixo da orientação divina, a arca de Deus
foi honrada e serviu de grande encorajamento para a fé de Israel.
(3)
Esse caminho, semelhantemente, foi estabelecido PARA HONRAR OS
SACERDOTES, QUE FORAM NOMEADOS NESSA OCASIÃO PARA LEVAR A ARCA E TOCAR AS
TROMBETAS. Normalmente, os sacerdotes eram
dispensados da guerra, mas para que esse privilégio, com outras honras e
poderes que a lei lhes oferecia, não fosse mal interpretado, nesse serviço eles
são especialmente empregados, e assim as pessoas são conscientizadas acerca da
bênção que eles eram para o público e de quão dignos eram de todas as vantagens
conferidas a eles.
(4)
Esse caminho foi estabelecido PARA PROVAR A FÉ, OBEDIÊNCIA E PACIÊNCIA
DO POVO, PARA PROVAR SE DE FATO OBSERVARIAM UM PRECEITO QUE, PARA A COMPREENSÃO
HUMANA, PARECIA INSENSATO OBEDECER; e para
crerem numa promessa que humanamente parecia impossível de ser realizada. Eles
também foram provados no sentido de suportar pacientemente o opróbrio dos seus
inimigos e pacientemente esperar pela salvação do Senhor. ASSIM, PELA FÉ,
NÃO PELA FORÇA, OS MUROS DE JERICÓ CAÍRAM.
(5)
Esse caminho foi estabelecido PARA ENCORAJAR A ESPERANÇA DE ISRAEL EM
RELAÇÃO ÀS DIFICULDADES RESTANTES QUE ESTAVAM DIANTE DELES. A sugestão dos espias maus de que Canaã nunca
poderia ser conquistada porque as cidades eram fortificadas até aos céus (Dt 1:28)
seria, por meio disso, para sempre silenciada. MESMO OS MUROS MAIS
FORTES E MAIS ALTOS NÃO SÃO CAPAZES DE RESISTIR AO ONIPOTENTE. ELES NÃO
PRECISARAM LUTAR, E, PORTANTO, NÃO PRECISARAM TEMER, PORQUE DEUS LUTOU POR ELES.
O Cerco de Jericó (vv. 6-16)
Josué
6 NVI
6
- Josué, filho de Num, chamou os sacerdotes e lhes disse: “LEVEM A ARCA
DA ALIANÇA DO SENHOR. SETE DE VOCÊS LEVARÃO TROMBETAS À FRENTE DA ARCA”.
7
- E ordenou ao povo: “AVANCEM! MARCHEM AO REDOR DA CIDADE! OS SOLDADOS
ARMADOS IRÃO À FRENTE DA ARCA DO SENHOR”.
8
- Quando Josué terminou de falar ao povo, os sete sacerdotes que levavam suas
trombetas perante o Senhor saíram à frente, tocando as trombetas. E a arca da
aliança do Senhor ia atrás deles.
9
- Os soldados armados marchavam à frente dos sacerdotes que tocavam as
trombetas, e o restante dos soldados seguia a arca. Durante todo esse tempo
tocavam-se as trombetas.
10
- Mas Josué tinha ordenado ao povo: “NÃO DEEM O BRADO DE GUERRA, NÃO
LEVANTEM A VOZ, NÃO DIGAM PALAVRA ALGUMA, ATÉ O DIA EM QUE EU ORDENAR. ENTÃO
VOCÊS GRITARÃO!”
11
- Assim se fez a arca do Senhor rodear a cidade, dando uma volta em torno dela.
Então o povo voltou para o acampamento, onde passou a noite.
12
- Josué levantou-se na manhã seguinte, e os sacerdotes levaram a arca do
Senhor.
13
- Os sete sacerdotes que levavam as trombetas iam adiante da arca do Senhor,
tocando as trombetas. Os homens armados iam à frente deles, e o restante dos
soldados seguia a arca do Senhor, enquanto as trombetas tocavam continuamente.
14
- NO SEGUNDO DIA TAMBÉM RODEARAM A CIDADE UMA VEZ E VOLTARAM AO
ACAMPAMENTO. E DURANTE SEIS DIAS REPETIRAM AQUELA AÇÃO.
15
- NO SÉTIMO DIA, LEVANTARAM-SE AO ROMPER DA MANHÃ E MARCHARAM DA MESMA
MANEIRA SETE VEZES AO REDOR DA CIDADE; FOI APENAS NESSE DIA QUE RODEARAM A
CIDADE SETE VEZES.
16
- NA SÉTIMA VEZ, QUANDO OS SACERDOTES DERAM O TOQUE DE TROMBETA, JOSUÉ
ORDENOU AO POVO: “GRITEM! O SENHOR ENTREGOU A CIDADE A VOCÊS!
Depois
de receber essa estranha estratégia, Josué chama seus líderes e repassa
prontamente as ordens ao povo, especialmente aos sacerdotes (6:6-7).
O
chifre de carneiro é o mais enrolado, e o tipo de trombeta feito dele se chamava
chofar. (para deixar claro, porque há
ilustrações em que os sacerdotes aparecem tocando trombetas de bronze
compridas, e é bom ter a figura certa em mente.) A ordem de Josué é, então,
passada com muitos detalhes e clareza para os sacerdotes e para o povo, que
deveria seguir naquela procissão, rodeando a cidade na sequência passada por
ele. Em seguida, temos o relato de como o povo obedeceu: Jericó foi cercada durante
seis dias. É o que diz o texto (6:8-9).
Esta
foi a ordem do cortejo: os homens de guerra à frente, os sete sacerdotes
tocando as trombetas, a Arca do Senhor levada no ombro por quatro sacerdotes e
atrás mais homens de guerra preparados para a batalha. Era uma procissão
interessante, um séquito que deveria rodear a cidade de acordo com a ordem de
Deus. O texto continua (6:10-11).
Entre Gilgal e Jericó havia uma
distância de aproximadamente três quilômetros.
Os homens saíam do acampamento, rodeavam a cidade (e talvez o perímetro da
cidade fosse algo em torno de dez quilômetros, pois era uma cidade grande)
e voltavam para Gilgal. O relato prossegue (6:12-14).
Aqueles
homens tocando as trombetas, aquele barulho todo e o povo quieto. Fico
imaginando o que devem ter pensado as pessoas do outro lado da muralha de
Jericó, talvez se perguntando se os israelitas eram doidos. Fico imaginando
como eles devem ter zombado da estratégia de Israel: Esse pessoal está querendo
nos conquistar como? Com chifres de carneiro e uma caixa de madeira? Da mesma
forma, o mundo olha para a igreja e nem sempre entende o que estamos fazendo.
Temos inimigos poderosos que precisam ser vencidos em nossa jornada
É
isso que a tomada de Jericó representa. Havia a promessa feita a Israel de que
Deus lhe daria uma terra, mas, quando o povo chegou na entrada da Terra
Prometida, havia uma fortaleza que impedia sua passagem, que era justamente a
cidade de Jericó. Veja o que diz Josué 6.1: “Jericó se conservava rigorosamente
fechada por causa dos israelitas; ninguém saía nem entrava”.
Ou
seja, era um obstáculo a ser vencido. Jericó ficava bem à frente da região montanhosa,
em uma espécie de vale, e precisava ser conquistada para que o povo pudesse
possuir a terra que Deus prometera lhes dar. Só havia aquela entrada, por isso
tinha de ser derrubada.
A BÍBLIA DIZ, FAZENDO UMA COMPARAÇÃO
(SEM QUERER SER MUITO ALEGÓRICO), QUE TEMOS MUITOS INIMIGOS NESTE MUNDO QUE
FICAM NO NOSSO CAMINHO, SERVINDO DE OBSTÁCULO À NOSSA JORNADA. Entre eles estão a carne (a nossa natureza
pecaminosa), o próprio inimigo, seus ajudantes e o mundo caído, e os três se
combinam para formar “Jericós” e, assim, impedir o avançar da nossa caminhada.
Resultam dessa combinação: TENTAÇÕES FORTES E REPENTINAS; HÁBITOS
PECAMINOSOS; SITUAÇÕES QUE NOS PROVOCAM E DESAFIAM; MEDO, DESÂNIMO E
INCREDULIDADE, POR MEIO DA DOR, DO SOFRIMENTO, DA DOENÇA, DO FRACASSO; ALÉM DE
AMBIÇÕES, DESEJOS FORTES E ILÍCITOS, PAIXÕES PROIBIDAS ETC.
Há
muita coisa no caminho do cristão, e travamos uma batalha contínua. Não é à toa
que, quando a Bíblia usa figuras para explicar o que é a igreja, as figuras
prediletas são tiradas do campo militar. Deus é mostrado como um guerreiro, a
igreja como um exército, o cristão com a sua completa armadura (Ef 6), a nossa
luta contra o pecado como um combate etc. Há uma linguagem militar na Bíblia
exatamente porque estamos neste mundo em luta, caminhando para a terra
prometida, e no caminho estão as “Jericós” que precisam ser vencidas.
Esses
obstáculos, desafios e barreiras precisam ser superados à medida que avançamos
e caminhamos nesta vida.
“Mas tu, ó homem de Deus, foge
dessas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância e a mansidão.
Trava o bom combate da fé. Apodera-te da vida eterna, para a qual foste
chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas”. (1Timóteo
6.11,12)
Notou
como a linguagem é parecida? Podemos parafrasear desta forma: “Timóteo, combate
o bom combate. Pense na batalha de Jericó e toma posse da vida eterna que Deus
prometeu, assim como ele também prometeu aquela terra ao povo de Israel”. Tomar
posse, ir em frente e lutar são exortações relacionadas à vida cristã.
Não
podemos deixar a acomodação tomar conta da vida que nos é prometida. É como se
já tivessem vencido todos os inimigos e não houvesse mais obstáculos a serem
superados; enfim, levam uma vida cristã acomodada e passiva. Pessoas assim
ignoram as lutas e assumem que já não há conflito e luta para vencer o pecado e
prosseguir em santidade.
Apesar
disso, o oposto desse comportamento também acontece. Sempre há alguém inquieto,
algum cristão com quem conversamos e que nos diz que a luta é diária e
cansativa. Que tenta passar um dia sequer sem pecar e não consegue. Alguma vez
mente, noutra deseja mal, noutra murmura, fala “pelas costas”, etc. Mas em
verdade, essa é a maior prova de que uma pessoa é realmente convertida a
Cristo. O crente verdadeiro se vê no meio da batalha, lutando contra a sua
natureza, contra as tentações e contra as atrações do mundo, e são exatamente
esses os obstáculos que todos nós temos de vencer.
Se
não há nada disso em sua vida, você é provavelmente um “cananeu”, e não um “israelita”.
Talvez você more na Jericó de antes da queda da muralha, e não em Gilgal,
porque quem está em Gilgal quer passar por Jericó e tomar posse da terra e das
promessas que Deus lhe fez.
Todas as vitórias que temos neste mundo vêm de Deus
Esta
é a mensagem principal de Josué 6 e da narrativa da tomada de Jericó: foi Deus
quem deu a cidade. Ele apareceu a Josué (5:13-15) dizendo que era o general dos
exércitos celestiais e que viera tomar posse do controle da batalha e guiá-los
à vitória. Em seguida, ele deu a estratégia: o povo deveria rodear a cidade por
sete dias levando a Arca da Aliança. A Arca é a representação da presença de
Deus, e mostra que é ele quem está no comando; os sacerdotes, servos do Senhor,
indicavam também a presença de Deus lá, e as trombetas ecoavam uma convocação,
pois indicavam que Deus queria se reunir com seu povo. TUDO ALI TINHA A
VER COM O CONCEITO DE QUE É DEUS QUEM LUTA POR NÓS E NOS DÁ A VITÓRIA.
Quando
o povo grita, Deus derruba a muralha. E os despojos, de quem são? Para quem vai
a riqueza da cidade? Para os israelitas? Não, pois isso daria a impressão de
que eles haviam conquistado a cidade por mérito próprio, razão pela qual Deus
alega que quem deu a vitória foi ele; sendo assim, o ouro é dele, pois foi ele
quem conquistou Jericó.
Tudo
dependera dele, e esta é a lição mais importante para nós hoje: carecemos de
Deus para enfrentar o mundo, as dificuldades, o desânimo etc. Precisamos
reconhecer a nossa impotência diante desses inimigos, no entanto saber que o
nosso Deus é onipotente e que não há barreira difícil demais ou inimigo
poderoso demais que ele não possa destruir.
Neste
mundo passamos por muitas aflições. Momentos difíceis em que a vitória parece
impossível, como no caso de Jericó, ou como no dia em que o pequeno Davi, com
pedrinhas tiradas de um ribeiro, foi enfrentar um gigante colossal todo armado,
pronto para a batalha. É o nosso Deus que vai à frente. Lembre-se disso na hora
da angústia, da depressão, da dificuldade, do fracasso e da crise. Lembre-se de
como Deus apareceu a Josué, instruiu-o, lutou a batalha por ele e lhe deu a
vitória.
As
dificuldades da vida, longe de serem motivo para você virar as costas para o
Senhor e pensar que ele não se importa, são o chamado de Deus para a batalha, o
chifre de carneiro tocando e Deus dizendo: Vamos juntos a Jericó! E eu vou na
frente, para lhe dar a vitória.
Deus luta as batalhas por nós. A nossa parte é confiar nele
Como
no trecho em Hebreus 11 - “Pela fé, os muros de Jericó caíram, depois de
rodeados por sete dias”. Em que sentido aquele povo teve fé? Ora, primeiro
Jericó estava fechada e armada; segundo, a estratégia de Deus parecia meio
estranha — imagine-se diante de uma cidade murada, e em vez de pensar numa
maneira de conquistá-la infiltrando soldados, Deus lhe dá algumas ordens meio
esquisitas, como fazer uma procissão por sete dias, tocar trombetas de carneiro
e gritar no último dia.
Por
mais estranhas que as ordens parecessem, o povo simplesmente obedeceu a Deus
conforme ele havia dito, fazendo todas aquelas coisas por uma semana. Acho que
isso foi para testar o povo. Imagine só: no primeiro dia, estavam todos
animados. Rodearam a cidade, tocaram a trombeta e voltaram, e as muralhas
estavam lá do mesmo jeito. Bem, amanhã seria um novo dia…
De novo, o povo volta, faz a
mesma coisa e não há nenhuma rachadura no muro. No terceiro dia, talvez alguns
tenham começado a duvidar: “Será que vai dar certo esse negócio?”. Imagine o
quarto dia: nada! E o povo de Jericó rindo de cima da muralha. Visualize o
escárnio dos cananeus à medida que o tempo passava.
PARA CONTINUAR A CONFIAR NA
PALAVRA DE DEUS É PRECISO FÉ. E FÉ NADA MAIS É DO QUE ISTO: OBEDECER A DEUS,
MESMO QUANDO TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS PARECEM CONTRÁRIAS. QUANDO TUDO PARECE SEM
SENTIDO, MAS VOCÊ PERSEVERA NAQUILO QUE DEUS LHE DISSE, ISSO É FÉ. DEUS DISSE
ASSIM, ENTÃO ASSIM VAI SER FEITO. O POVO E JOSUÉ OBEDECERAM, E NÃO FOI POR UM
DIA SÓ, MAS DURANTE OS SETE DIAS. AO FINAL, DEUS LHES DEU A VITÓRIA.
HOJE, IGUALMENTE, SOMOS CHAMADOS
A CONFIAR EM DEUS. ELE NOS DEU AS SUAS GRANDES PROMESSAS. ELE NOS DIZ QUE SEU
FILHO MORREU PARA PAGAR A NOSSA CULPA; QUE JESUS CRISTO RESSUSCITOU, SENDO ELE
O PRIMEIRO DA RESSURREIÇÃO; QUE CRISTO ESTÁ À DIREITA DELE E INTERCEDE POR NÓS;
E QUE VIRÁ SEGUNDA VEZ PARA JULGAR ESTE MUNDO. DEUS NOS PROMETE DAR O SEU
ESPÍRITO, QUE VEM HABITAR EM NÓS, PARA NOS GUIAR, ILUMINAR, CONFORTAR E
AUXILIAR. DEUS NOS PROMETE QUE ELE MESMO NOS DARÁ VIDA ETERNA E CONSOLARÁ E
ENXUGARÁ DOS NOSSOS OLHOS TODAS AS LÁGRIMAS; QUE ELE ESTARÁ CONOSCO NESTE MUNDO
E QUE JAMAIS NOS DESAMPARARÁ.
O SENHOR PROMETE AINDA QUE NÃO
VAI PERMITIR QUE A TENTAÇÃO SEJA MAIOR DO QUE A CAPACIDADE QUE TEMOS DE
SUPORTAR; QUE ELE NÃO NOS DEIXARÁ MORTOS NA SEPULTURA, MAS NOS PRESERVARÁ ATÉ O
FIM; E QUE FINALMENTE ELE DESTRUIRÁ A MORTE, O PECADO E TODOS OS INIMIGOS.
ESSAS SÃO PROMESSAS QUE DEUS NOS FEZ; A SUA PALAVRA ESTÁ
EMPENHADA, E É POR ELA QUE TEMOS DE VIVER. FÉ É TOMAR DEUS NA SUA PALAVRA,
MESMO QUANDO O MUNDO INTEIRO ESTÁ DIZENDO O CONTRÁRIO. E MESMO QUE NÃO SINTA,
NÃO VEJA E NÃO PERCEBA, VOCÊ DEVE TOMAR A DECISÃO DE TER FÉ, PORQUE FÉ NÃO É
UMA EMOÇÃO OU UM SENTIMENTO, MAS UMA DECISÃO.
Continua em Josué, o Líder e Estrategista que assumiu o entrar e o apossar-se (Parte VII)
Fontes:
NICODEMUS, Augustus. A conquista da terra prometida: a mensagem de Josué para a igreja de hoje. – São Paulo: Vida Nova, 2017.
Matthew Henry’s Commentary on the whole Bible - Volume II - Joshua to Esther. Domínio publico. Trad. Valdemar Kroker, Haroldo Janzen, Degmar Ribas Júnior. - Rio de Janeiro : Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2010.
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