ÍDOLO

Do grego EIDOLON, “aspecto, imagem mental, fantasma, aparição”, também “imagem material, estátua”, de EIDOS, “forma”.


Isaías 44:6-20 (NTLH)
6O Senhor, o Rei e Salvador de Israel, o Deus Todo-Poderoso, diz: “Eu sou o primeiro e o último, além de mim não há outro deus.
7Haverá outro que seja igual a mim? Pois que venha à minha presença, apresente as suas razões e prove que está dizendo a verdade. Quem anunciou tudo o que ia acontecer? Já houve alguém que desde o princípio sempre pudesse contar as coisas do futuro?
8Meu povo, não tenha medo, nem fique apavorado! Não é verdade que desde o princípio eu sempre anunciei a vocês o que ia acontecer? Vocês são minhas testemunhas de que isso é verdade. Será que há outro deus além de mim? Não! Não existe outro protetor; eu não conheço nenhum.
A idolatria é condenada
9Os que fazem imagens não prestam, e os seus deuses, que eles tanto amam, não valem nada. Os que adoram imagens são tolos e cegos e por isso serão humilhados.
10É uma grande tolice fazer uma imagem para ser adorada como se fosse um deus.
11Todos os que a adorarem serão humilhados. Os que fazem ídolos são apenas seres humanos; nada mais. Que eles se reúnam e se apresentem no tribunal! Ali ficarão apavorados e serão humilhados.
12O ferreiro pega um pedaço de metal, coloca nas brasas e depois com toda a força vai batendo nele com o martelo até formar a imagem. Ele trabalha tanto, que não come, nem bebe e acaba perdendo as forças.
13O escultor mede um pedaço de madeira e com um giz desenha nele a figura do ídolo. Depois, com as suas ferramentas, ele faz uma estátua com a forma de um belo ser humano, para ser colocada num templo.
14O escultor vai à floresta para cortar uma árvore; escolhe um cedro, um cipreste ou um carvalho. Ele só corta árvores bem grossas ou então planta uma e espera até que a chuva a faça crescer.
15O homem usa uma parte da madeira para fazer um fogo; ali ele se esquenta e também assa o pão. A outra parte da madeira é usada para fazer uma imagem; e o homem fica de joelhos e a adora.
16Assim metade da madeira serve para fazer um fogo; o homem assa a carne, come e fica satisfeito. Também se esquenta e diz: “Que fogo bom! Já me esquentei bem!”
17Com a outra metade da madeira, o homem faz uma imagem, isto é, um deus; depois, fica de joelhos e a adora. E faz esta oração: “Tu és o meu deus; salva-me!”
18Essa gente não tem juízo. Eles fecharam os olhos e não podem ver nada; fecharam também a sua mente e não entendem nada.
19O homem que faz imagens não entende nada e não tem a inteligência necessária para dizer a si mesmo: “Ora, com metade dessa madeira eu fiz um fogo; assei o pão, assei a carne e comi. E com a outra metade eu fiz esta imagem nojenta. Agora, aqui estou eu, adorando um pedaço de madeira!”
20Adorar uma imagem não adianta nada; é o mesmo que comer cinzas. O homem que adora imagens não pensa direito, mas vive enganado. Ele não pode se salvar, pois não é capaz de dizer: “Isto que está na minha mão não é um deus coisa nenhuma.”

HÁ CRÍTICOS DIZENDO QUE DEUS ESTÁ SE GABANDO NESTE TRECHO. MAS ISSO NÃO É VAGO, É A PURA VERDADE. ELE SIMPLESMENTE DECLARA A REALIDADE. É UMA TENTATIVA DA PARTE DE DEUS SALVAR SUAS CRIATURAS DA LOUCURA E DO PERIGO DE SEGUIR FALSOS DEUSES.

A passagem descreve a estupidez da adoração dos ídolos em que os israelitas estavam caindo. O profeta descreve um ferreiro que derrete o metal, derrama-o em um molde para fazer um ídolo e, no processo, ele se cansa. Isaías aponta que é ridículo que um homem faça um deus que não tem poder para ajudá-lo, mesmo quando ele está fazendo isso.

Então ELE DESCREVE UM CARPINTEIRO QUE ESCULPE A FIGURA DE UM HOMEM EM UM BLOCO DE MADEIRA, ENTÃO USA AS FARPAS QUE ELE CORTOU DO BLOCO PARA CONSTRUIR UM FOGO PARA SE AQUECER. ELE ENTÃO SE INCLINA E ADORA O ÍDOLO, BUSCANDO LIBERTAÇÃO DE ALGO QUE SUAS PRÓPRIAS MÃOS FIZERAM. ISSO É OU NÃO É UMA LOUCURA, UMA “VIAGEM”?

QUANDO LEMOS UMA PASSAGEM COMO ESTA, SOMOS TENTADOS A DIZER: CERTAMENTE ISSO NÃO SE APLICA A NÓS. NÃO SOMOS ADORADORES DE ÍDOLOS. MAS NÃO ESTAMOS MUITO LONGE DESSE TIPO DE PRÁTICA.

Por exemplo, é comum vermos homens usando produtos variados sobre superfícies de metal, polindo-as até que brilhem o máximo que conseguirem. Depois, simbolicamente “se curvando sobre essas coisas”, homens que seriam inofensivos, saem pelas ruas, ruidosamente, com música péssima, “cantando pneus” e deixando rastros de borracha nas ruas. Ficaram transformados por uma ilusão criada por eles mesmos: um ídolo que, segundo se deixam levar, dá-lhes poder. É do automóvel que estamos falando. Que enchem páginas e minutos de propagandas, como se fossem as coisas que se deve buscar a todo custo. Assim também se dá com viagens, sensações, roupas, perfumes e o Mercado e a Economia se movimenta. E todos nós somos levados por tudo isso, comprando, parcelando o pagamento de coisas, de sensações efêmeras, de algo que nos preencha. A Economia, com empregos, com vendas, com PIB, que compra políticos, tudo isso nasce de cada um de nós, criando nossos “ídolos”. Outro exemplo forte é a ideia-ídolo, mais um desses “deuses”, chamado sexo, como se o sexo satisfizesse as necessidades existenciais. Mas o deus do sexo não também não liberta, só ilude.
 É verdade então que mesmo que não tenhamos ídolos de madeira ou pedra, ou metal, ainda temos em nós mesmos, portanto as ideias-ídolos. Elas são fonte também de escravidão, e não de libertação.

O PROFETA DECLARA SOBRE O IDÓLATRA, NO VERSÍCULO 20: ELE SE ALIMENTA DE CINZAS; UMA MENTE ILUDIDA O DESVIOU, E ELE NÃO PODE ENTREGAR-SE OU DIZER: NÃO HÁ UMA MENTIRA NAS MINHAS MÃOS, NA MINHA CABEÇA? A LOUCURA DE ADORAR QUALQUER DEUS ALÉM DO DEUS VERDADEIRO É QUE ESTÁ POR DETRÁS DISSO TUDO.

Ficamos insatisfeitos, nos sentindo como que alimentados de “cinzas”, que são as sensações que perdem essência tão rápido quanto surgem. Queremos outras em seu lugar, e é preciso consumir, nos deixar levar por ideias-ídolos. Precisamos de sexo. E se nada nos satisfaz, procuramos pílulas, psiquiatras, terapias, cristais, aromas, velas, e tudo que possa representar uma boia de salvação. Estamos doentes. Cinzas não nutrem o nosso espírito, a vida com a profundidade que deve ser vivida. Se somos empresários e temos lucro, temos idolatria pelo poder. Se somos funcionários públicos, temos idolatria pelo cargo. Queremos segurança e salvação de alguma forma. Estamos vazios.


TUDO SE TRANSFORMA EM CINZAS. ADORAR O QUE VAI VIRAR CINZA É OU NÃO LOUCURA? A ÚNICA ESPERANÇA, COMO ESTA PASSAGEM DEIXA CLARO, É ENCONTRADA NO DEUS QUE NOS FORMOU.


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