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Mostrando postagens de setembro, 2017

NABILA ALIBHAI Why people of different faiths are painting their houses of worship yellow

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A naturalização da desigualdade

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A naturalização da desigualdade Joel Silva - 6.abr.2017/Folhapress "A exclusão e os privilégios, e não verdadeiros direitos, passam a determinar as relações sociais" 30/09/2017   02h00 A desigualdade não é um acidente na história de uma sociedade, mas sim fruto de deliberadas escolhas políticas e institucionais que favorecem a concentração de renda, bens e benefícios públicos. A situação do Rio de Janeiro, que em muito se aproxima de outras regiões brasileiras, deveria deixar claro, por sua vez, que quando a desigualdade é profunda e persistente ela compromete fortemente o devido funcionamento das instituições e a própria coesão social. Apesar dos esforços de distribuição de riqueza por intermédio do acesso à educação, saúde, saneamento básico e mesmo assistência social, articulados pela Constituição de 1988, o Brasil não se tornou um país mais justo nas últimas décadas. Como aponta relatório da Oxfam, os 5% mais ricos detém 95% da renda nacional. As 6 maiores f...

Guerra de Poderes

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Guerra de Poderes compõe o cenário de anarquia desejado pelos pregadores da ruptura Pedro Ladeira/Folhapress Sessão do Supremo Tribunal Federal 30/09/2017   02h00 O grau de influência de Hamilton Mourão sobre os quartéis é tema controverso, mas o general que sonha com um golpe tem uma tropa. São apenas três soldados, que não usam uniforme. Valem, contudo, por várias divisões blindadas. Seus nomes: Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber. Quando determinou o afastamento de Aécio Neves  do mandato e medidas cautelares restritivas de liberdade contra o senador, o trio decidiu cassar as prerrogativas do Congresso. O "caos", motivo sugerido por Mourão para sua intervenção militar, nasce do choque entre Poderes fora do marco da Constituição. O STF flerta, há tempos, com o "caos". A prisão do senador Delcídio do Amaral, em novembro de 2015, deu-se no limite da lei, pois foi avalizada pelo Senado. Depois, a maiorias dos juízes do Supremo entregou-se à ...

"Não é fácil me amedrontar" (ETTY HILLESUM)

Não é fácil me amedrontar. Não porque eu seja corajosa, mas porque sei que estou lidando com seres humanos e que preciso tentar ao máximo compreender tudo que qualquer pessoa possa fazer. E foi isso o que realmente importou hoje de manhã - não que um jovem oficial da Gestapo, contrariado, tenha gritado comigo, mas, sim, que eu não tenha me sentido indignada, antes tenha sentido verdadeira compaixão e desejado perguntar: "O senhor teve uma infância muito infeliz? Brigou com a namorada?". É, ele parecia atormentado e obcecado, mal-humorado e fraco. Eu gostaria de ter começado a tratá-lo ali mesmo, pois sei que jovens dignos de pena como ele se tornam perigosos tão logo fiquem soltos no mundo. (ETTY HILLESUM, A diary. apud ROSENBERG. Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais; [tradução Mário Vilela]. - São Paulo: Ágora, 2006, p. 20) Disponível (em português) em: <https://goo.gl/2iLQUU>. Acesso em: 24 set. 20...

PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO PAREDES)

PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO PAREDES) Sinto-me tão condenada por suas palavras, Tão julgada e dispensada. Antes de ir, preciso saber: Foi isso que você quis dizer? Antes que eu me levante em minha defesa, Antes que eu fale com mágoa ou medo, Antes que eu erga aquela muralha de palavras, Responda: eu realmente ouvi isso? Palavras são janelas ou são paredes. Elas nos condenam ou nos libertam. Quando eu falar e quando eu ouvir, Que a luz do amor brilhe através de mim. Há coisas que preciso dizer, Coisas que signzficam muito para mim. Se minhas palavras não forem claras, Você me ajudará a me libertar? Se pareci menosprezar você, Se você sentiu que não me importei, Tente escutar por entre as minhas palavras Os sentimentos que compartilhamos. RUTH BEBERMEYER

tragic photo of a seahorse lugging a Q-tip - "trash and debris and human waste all over the place"

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How a photographer snapped this tragic photo of a seahorse lugging  a Q-tip Alessandra Potenza / 14 de set de 2017 Flipar para… 5 curtidas Deixe um comentário Compartilhar “I spend a lot of time underwater all over the world, and I see trash and debris and human waste all over  the place.” Photo by Justin Hofman / Wildlife Photographer of the Year When nature photographer Justin Hofman was out snorkeling off the coast of the Indonesian island of Sumbawa last year, he didn’t know he was going to stumble upon what could be the poster child for today’s marine trash crisis: a tiny seahorse latching onto a cotton swab. The photo,  which Hofman posted on Instagram , is now a  finalist  in the  Wildlife Photographer of the Year competition  from the Natural History Museum in London. In the post, Hofman said he wishes the photo didn’t exist. “I wish that this scene didn’t happen every day, that’s the thing,” he tells...

Origens da prática de atos ilícitos no âmbito da Administração Pública brasileira (excertos)

Numa perspectiva de conjunto, destaca-se a forma como os autores têm discutido as esferas do público e do privado no exercício do poder. Filiando-se a Caio Prado, alguns autores enfatizam o baixo nível moral da administração (colonial), decorrência do imbricamento entre interesses privados e funções públicas. Em campo oposto, Faoro foi dos autores que consideraram esse imbricamento com um dado estrutural da sociedade colonial, aproximando-a, portanto, das sociedades típicas do Antigo Regime. O exemplo das capitanias hereditárias (1532) é ilustrativo da forma como uma concessão régia a particulares serviu de veículo de representação da autoridade real no ultramar. Outro exemplo foi a criação do governo-geral (1548) e a nomeação de vice-reais no Brasil, sobretudo após 1763, medidas que buscavam limitar o poder dos potentados locais mediante uma centralização mínima na colônia. Na verdade, a arquitetura administrativa colonial nunca deixou de prescindir dos recursos privados, em diverso...

Mundo de muros

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EDITORIAL (FSP, 10 set. 2017) Mundo de muros Avener Prado/Folhapress Muro coberto por arame farpado separa as áreas urbanizadas das favelas, em Lima, no Peru (créditos: Folha de São Paulo) 10/09/2017  02h00 O século 20, com suas guerras mundiais e os conflitos que semearam, deixou muitas cicatrizes sobre a face da Terra. Entre elas, o famigerado Muro de Berlim, cuja demolição marcou o fim da Guerra Fria e o suposto final da história. A história não termina, contudo. Novos e gigantescos muros continuam a ser erguidos, com alturas e extensões suficientes para deixar na sombra a barreira à liberdade erguida na capital alemã, que existiu por 28 anos. A proliferação desses obstáculos a apartar pessoas e comunidades motivou a série de reportagens "Um Mundo de Muros". Publicada por esta Folha em sete partes, a partir de junho, a  suíte multimídia  reuniu um mosaico desconcertante de cenas de segregação. Uma ...